Equipamento produzido de bambu e garrafas PET busca oportunizar o acesso de jovens em situação de vulnerabilidade de todo o país ao esporte
Por: Vinicius Lopes - Comunicação Regional
21/05/202115:56- atualizado às 20:31 em 06/05/2024
Com o objetivo de popularizar o tênis e tornar o esporte mais acessível para todos, os alunos da equipe de robótica Team Wolves, da escola Sesi de Bebedouro, criaram uma raquete sustentável e econômica, feita de bambu, garrafas pet, cano de PVC, fitas adesivas e linha de nylon.
Batizada de BambooInclusion, a raquete foi baseada nas que são usadas no tênis profissional. Durante o desenvolvimento do projeto, os estudantes contaram com o auxílio de profissionais do curso de Educação Física da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná, e do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário UNIFAFIBE, de Bebedouro.
De acordo com o orientador de Educação Digital da unidade, Rodrigo Fernandes, o protótipo da raquete alternativa pode contribuir para o material esportivo, que é de alto custo em lojas de revenda, possa ser adaptado para uso recreativo por um custo muito reduzido.
“Uma raquete de tênis pode ser comercializada por R$ 300,00 em média. Em nossas pesquisas, estipulamos a revenda da BambooInclusion por aproximadamente R$ 30,00”, conta o orientador.
Depois de pronto, o protótipo da raquete foi testado em uma casa de acolhimento, escolas públicas e projetos sociais voltados para crianças e adolescentes da cidade. Educandos do Instituto Gustavo Kuerten (IGK), em Santa Catarina, também tiveram a oportunidade de conhecer e testar o produto.
O coordenador esportivo do IGK, Marcelo Bittencourt, destacou o espírito empreendedor dos estudantes em buscar soluções democráticas de acesso ao esporte pelas comunidades mais vulneráveis do país. “A bela iniciativa contribuirá para a recreação e a aproximação das pessoas com a prática do tênis”.
Os alunos da escola Sesi de Bebedouro também produziram um vídeo com o tutorial de como fazer a BambooInclusion. “Essa foi a forma de que encontramos de incentivar e buscar apoio ao nosso trabalho, bem como ampliar a área de alcance e divulgação do produto, fazendo com que toda a comunidade pudesse se beneficiar do protótipo”, salienta Rodrigo.
Para a diretora da unidade, Magda Spinelli, essas atividades são a oportunidade de desenvolver nos alunos a criatividade e a inovação, que são premissas da base pedagógica da rede escolar SESI-SP.
“A proposta de ensino e aprendizagem é a pesquisa e isso acaba proporcionando uma visão mais clara no projeto de vida do aluno. Esse projeto é reflexo de pesquisas, de um extenso trabalho voltado para a comunidade, principalmente a mais vulnerável”, finaliza Magda.
Vivência e aplicação prática com a raquete Bambooinclusion